Rafa Diås
n. 1984, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro
n. 1984, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro
A cidade, a casa e o mundo interior fazem parte do universo ecofeminista de trabalho de Rafa Diås. É nesse contexto que, através de um olhar transdisciplinar da artista carioca sobre a fragmentação da vida cotidiana, emergem questões de identidade, pertencimento, memória e as tensões entre o orgânico e o construído, a vida pública e a privada, a contemplação e a ação.
Sua trajetória como arquiteta e urbanista pela UFRJ e mestre em questões globais e de sustentabilidade pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque, a guiou por uma visão crítica e aprofundada sobre relações de domínio e poder, que são problematizadas e reconfiguradas em sua prática artística. Com o tempo, Rafa passou a integrar questões de bem-estar e identidade em suas obras, influenciada por seu aprofundamento no yoga, que despertou nela o desejo de buscar a integralidade do ser. Isso se reflete na maneira como as obras tornam-se cada vez mais pessoais e imersivas, focadas em um processo lento e emocional, onde a materialização da obra – camada por camada – revela aspectos mais viscerais e instintivos do processo criativo.
O fazer artístico de Rafa Diås envolve entrelaçar fotografia, pintura, colagem digital e montagens interativas, com um olhar sensorial sobre o mundo, convidando o espectador para uma experiência ativa e reflexiva.
Em sua formação artística, é orientada por artistas como Xico Chaves, Chico Cunha e Lia do Rio na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2024, foi convidada para coletivas no Museu da Escola Catarinense-MESC, em Florianópolis, na Galeria Dezoito, em São Paulo e no Parque Lage, Rio de Janeiro. Em 2023, suas obras estiveram em destaque na Galeria Tato e na Unibes Cultural, em São Paulo, enquanto nos anos anteriores esteve em centros culturais como o Centro Cultural da Justiça Federal, o Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo e o Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro.
A obra de Rafa Diås segue em constante transformação, refletindo suas próprias buscas e inquietações sobre o tempo, a memória e a desconexão do ser humano com a natureza. Misturando crítica social e poética sensorial, Rafa continua a expandir os limites, questionando as formas tradicionais de ver o mundo e convidando o espectador a repensar seu lugar dentro de um ecossistema interconectado.